Ao longo dos anos, tenho lido artigos sobre investigações e estudos por parte de médicos e cientistas quanto aos efeitos do yoga sobre a saúde física e mental. Por experiência própria, sei que existem profissionais de saúde que acham que o yoga não pode trazer os benefícios proclamados pelos mestres/professores de yoga e seria melhor procurar outra coisa. São estes profissionais que precisam de provas concretas através dos estudos clínicos para mostrar o que nós, os praticantes, já sabemos sobre os efeitos positivos que uma prática regular pode trazer. A possibilidade de adaptar cada postura consoante as capacidades e necessidades de cada praticante, torna o yoga uma mais valia para ajudar as pessoas com problemas da saúde.
Quando estudamos as posturas de yoga, podemos encontrar recomendações específicas para certos problemas de saúde que poderiam beneficiar da sua prática. Também encontramos quais os problemas de saúde que tornam uma postura desaconselhada, por exemplo, as invertidas para os casos de doentes cardiovasculares. Qual é a base deste conselho? Pessoalmente, não sei. Fui ensinada assim, e assim ensinava também.
Mas agora podemos ter uma resposta brevemente, após um estudo com um doente cardiovascular e praticante de yoga. E a sua conclusão pode ter a potencialidade de nos surpreender.
Em baixo, coloco um link para um artigo interessante de Audra Burch, publicado no Miami Herald. É sobre Sally Mertens de 74 anos que tem praticado yoga durante os últimos quinze anos. Há sete anos foi-lhe diagnosticado um aneurisma da aorta torácica (enfraquecimento na aorta, a artéria principal que leva o sangue do coração para o corpo e uma ruptura pode ser fatal). Enquanto o seu médico concordava com a prática de yoga, disse a Mertens para evitar as posturas invertidas.
Agora, Mertens está a participar num estudo sobre a prática de posturas invertidas e os possíveis efeitos cardiovasculares. A esperança dos responsáveis pelo estudo com Mertens é a possibilidade de poderem encontrar pistas promissoras sobre os efeitos destas posturas de yoga em pacientes com doenças cardiovasculares.
Os resultados iniciais mostraram aumentos moderados na pressão arterial e frequência cardíaca de Mertens, uma resposta semelhante à de alguém a andar numa máquina de passadeira rolante. Mertens estará sujeita a mais exames e estudo, e seria necessário alargar o estudo com outros doentes, portanto ainda é cedo para tirar conclusões. É interessante ler o artigo: