Encontramos no Yoga-Sûtras no capítulo sâdhana-pâda, o aforismo 29 sobre os oito angas, ou membros de yoga (Ashtânga Yoga), considerados essenciais para a sua prática.
Os angas são:
Yama (refreamentos) – ahimsa(não violência) , satya (verdade), asteya (não roubar), brahmacarya (continência), aparigraha (desapego).
Niyama (observâncias) – çauca (purificação), samtosha (contentamento), tapas (esforço sobre si), svadhyaya (estudo), ishvara pranidhana (consagração de Deus).
Âsana (posturas)
Prânâyama (disciplina do sopro)
Pratyâhâra (retracção dos sentidos)
Dhârâna (fixação da atenção)
Dhyâna (continuidade da concentração)
Samâdhi (“enstase” – neologismo cunhado por Mircea Eliade*)
Assim, para conseguirmos praticar correctamente os âsanas e o prânâyama temos primeiro que saber aplicar os primeiros dois angas. Se forçarmos qualquer aspecto da nossa prática, sentiremos o descomforto físico, a mente entra num estado de perturbação e ficamos impossiblitados de experimentar os estados de pratyâhâra, dhârâna, dhyâna e samâdhi.
*ELIADE, MIRCEA; Patanjali e O Yoga; Relógio D’Água Editores, Lisboa; 2000
Ver também: Aplicar Yama e Niyama à Prática de Âsana