Noutro dia, percebi que já lá vão quase dezoito anos desde o dia em que conheci a professora que me inspirou a praticar yoga.  Nunca mais me esqueci desta primeira aula com ela que mudou o rumo da minha vida. 

Mas o meu caminho com o yoga não começa exatamente ali. Tive a minha primeira experiência com o yoga aos 16 anos quando experimentei umas aulas num ginásio de uma escola.  Já não me lembro muito sobre as aulas, só me lembro de achar um pouco estranho a abordagem do professor, que tinha um assistente para demonstrar asanas muito complexos. Não sei qual foi a intenção do professor, mas como principiante, para mim despertou o pensamento que nunca iria conseguir fazer aqueles movimentos e posições. Mas, tenho que dizer, ao mesmo tempo fiquei fascinada com a graciosidade e o domínio do corpo que a senhora tinha; foi algo mais do que uma simples demonstração de ginástica, mas um acto de entrega para um processo interno, quase indescernível para quem esteve a observá-la. Depois de algumas aulas, deixei de ir mas tinha a ideia vaga que qualquer dia iria encontrar alguém com quem eu gostaria de aprender a fazer yoga. A semente do yoga já tinha sido plantada.

Passamos para 1996, vinte e quatro anos depois daquelas primeiras aulas, quando fiquei a saber que havia uma professora de yoga que dava aulas perto da minha casa. Fiquei logo ‘apanhada’ na primeira aula quando a professora falou que ‘a respiração e a sua execução corecta era mais importante do que fazer posturas complicados’. 

Tenho que dizer que com tudo que tenho aprendido ao longa destes anos, percebo que cada vez que aprendo ou descubro mais alguma coisa sobre o yoga, mais há para aprender e descobrir.  Acima de tudo, tanto faz onde esse caminho me leva, já sei que a interiorização e a consequente entrega aos processos que acontecem durante a prática, ajuda trazer uma consciência mais clara de nós próprios que tem um efeito recíproco no modo como agimos no dia-a-dia para o resto da vida.

Namaste,

Susan